miércoles, 20 de agosto de 2008

JUAN CARLOS BALDERAS, COORDENADOR DO GRITO NA BOLÍVIA FALA AO BRASIL DE FATO

Em matéria feita pelo jornalista Igor Ojeda, correspondente do Brasil de Fato

em La Paz, o coordenador do Grito dos Excluídos/as na Bolívia, Juan Carlos

Balderas Gamarra disse sobre a postura da direita boliviana em relação ao

referendo revogatório que “os referendos autonômicos foram um fracasso, levando-

se em conta as expectativas que os governadores tinham. A abstenção mostrou ao país que a oposição dos governos departamentais e dos comitês cívicos não era tão forte como parecia. A prática eleitoral mostrou que há um apoio tácito ao governo de Evo Morales; mantido no anonimato justamente porque o poder desses setores nas regiões está baseado na violência e no medo. Balderas diz ainda que não é viável a proposta de um país inteiramente indígena, quando a migraçãoestá mostrando que somos um país com forte tendência urbana. O governo deve prestar atenção a setores que desde o início da gestão, estão ausentes. Para ele o Executivo não tem claridade sobre o que está acontecendo no país. “Não estamos vivendo só uma revolução cultural, como o governo propõe. Embora a pobreza na Bolívia tenha sobrenomes quéchuas, aymaras etc., no fundo estamos vivendo uma luta de classes”. “As classes médias deveriam ser assumidas pelo presidente Evo Morales como um fator de força na disputa com a direita. Para tal, o referendo revogatório pode ser usado para recuperá-las, caso sejam dados sinais de inclusão desse segmento no projeto de transformações conclui Juan Carlos Balderas, do Grito dos Excluidos/as Boliviano. (Jornal Brasil de Fato – 3 a 9 de julho/2008).

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